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Quer se sentir protagonista do próprio filme? 🎬
Respiro #025, ConcUP #103

Uns esperam a vida dar uma pausa pra estudar em paz. Outros se alimentam do caos pra estudar mais ainda…
HOJE, NESSA EDIÇÃO:
🌪 A vida não para
🏚 Casa sem telhado não é morada
🔥 Um plano brilhante, irresponsável e talvez necessário
A VIDA NÃO PARA
A fantasia do cronograma perfeito

(Imagem: GIPHY)
"Eu vou começar com tudo quando resolver esse problema aqui". "Agora não dá porque a semana está muito corrida". "Melhor esperar sair o edital. Aí eu foco 100%". Seu nome é Alice, por acaso? Se realmente for, saiba que não podíamos perder essa piada
Essas frases são tipo promessa de político: repetidas, vazias e feitas pra acalmar quem já sabe que não vai cumprir. A verdade é que você não precisa esperar nada. Porque o cenário ideal não existe. E se existe, dura dois dias.
Sempre vai ter barulho, cansaço, evento de família, notícia que desestabiliza, imprevisto financeiro ou simplesmente uma vontade profunda de fazer absolutamente nada. E ainda assim, é nesse contexto que a maioria das aprovações acontece.
A vida não vai colaborar — mas você pode aprender a dançar no caos
Se você espera a vida ficar em silêncio pra estudar, vai morrer esperando. A vida faz barulho. É filho gritando, é chefe pedindo coisa fora de hora, é boletim da escola, é notificação no celular, é ansiedade batendo sem ser chamada.
Se você é do tipo que acompanha notícias, por exemplo, deve ter ficado tão perdido quanto o editor tentando entender prisão de ex presidente, revolução no Nepal e taxações norte americanas ao Brasil.
Estudar é sentar no meio disso tudo e dizer: "vai assim mesmo". Não tem heroísmo nisso, tem realismo. Você não está estudando contra a vida. Você está estudando com a vida. E ela não vai sair da sala pra te deixar concentrado.
Organize o que dá: o seu tempo
Você não tem controle sobre a vida. Mas tem sobre sua agenda. Se não inteira, pelo menos em parte. E é nessa parte que você precisa se agarrar como se fosse sua última chance de passar.
Reserve um horário. Qualquer que seja. E trate esse horário como você trataria uma entrevista de emprego. Inadiável. Intocável. Inquestionável. Pode ser 40 minutos por dia. Pode ser uma hora no intervalo. Mas que seja um compromisso de verdade. Não uma boa intenção.
Estudar com a vida acontecendo é um sinal de força, não de fraqueza
Tem gente que sente culpa porque não está rendendo como gostaria. A comparação bate. A frustração cresce. E a vontade de jogar tudo pro alto é real.
Mas tá tudo bem se você estudou menos essa semana. Se não conseguiu fechar o PDF. Se leu e esqueceu. O importante é que você não parou.
Estudar em meio ao caos não é estudar mal. É estudar com coragem. É se manter firme quando tudo ao redor está puxando você pro abandono.
Quem estuda quando tá tudo bem está cumprindo o básico. Quem estuda quando está tudo ruim está construindo uma aprovação resistente.
Rotina perfeita é um mito de Instagram
Aquela pessoa que acorda 5h, toma café sem carboidrato, medita, corre 10km, estuda 6h líquidas, revisa tudo e ainda faz um post bonito sobre resiliência provavelmente está mentindo. E se não está, é exceção. A vida real é bagunçada.
Se você for a Manu Cit, ok… 🏊🏻♀️🚴🏼♀️🏃🏼♀
Mas, se você é como a maioria de nós, vai ter dia que você vai estudar na cama. Vai ter dia que o estudo vai render meia hora. Vai ter semana que você vai odiar tudo. E isso não te desqualifica. Te humaniza.
Estudo bom é aquele que acontece com regularidade, não aquele que sai bonito na foto embora seja o que todo mundo quer, claro. E regularidade, meu amigo, não vem de perfeição. Vem de adaptação.
Quem passa não teve mais tempo. Teve mais constância
Sempre vai ter gente com mais tempo, mais dinheiro, mais apoio. Mas isso não define o resultado. O que define é quem usou o que tinha da melhor forma. Diga lá… todo mundo tem aquele amigo vagabundo que tem todo o tempo do mundo e não estuda.
Tem gente que passa estudando duas horas por dia. Tem gente que estuda oito e nunca passa. A diferença? Como estudou. Por quanto tempo estudou. O quanto foi consistente.
E, por isso, queríamos anunciar a mentoria ConcUP “aprovação em 7 dias”…
Não. Brincadeira. Foi só pra quebrar o ritmo. Ficou animado, né? Para de cair em papinho, rapá!
Você não precisa parar a vida. Só precisa encaixar o estudo dentro dela
Conciliar não é fácil. Mas é possível. Afinal, estudo não precisa ser uma bolha isolada da realidade. Ele pode acontecer entre uma tarefa e outra. Em blocos pequenos. Em momentos de paz roubados do caos. Pomodoro existe pra isso, né?
A vida não vai parar. Mas você pode escolher não parar também. Se você estudar mesmo com tudo contra, vai estar fazendo mais do que a maioria. Vai estar se respeitando. Vai estar dizendo pra si mesmo: "eu importo".
E isso, por si só, já é uma forma de vencer. A vida acontece. Mas o estudo também pode acontecer junto. Basta você decidir que, mesmo com tudo atrapalhando, você ainda merece continuar.
DE FRENTE COM A CONCUP
Casa sem telhado não é morada!

Tem gente que passa no concurso. Tem gente que passa pela prova oral 7 dias depois de uma cesárea. A Yasmin é do segundo grupo. E hoje ela é Procuradora Federal.
Nessa edição, a gente sentou com a Yas pra conversar sobre força, disciplina e os bastidores da aprovação que não aparecem no story (mas que ela conta). Ela fala da vida de concurseira com a honestidade de quem viveu cada fase até o fim (às vezes, chorando de raiva e rindo por cima).
Se você anda pensando em desistir, se sente culpado por não ter o cenário ideal, ou se tá só tentando lembrar por que começou — essa entrevista é pra você. A Yas não veio ensinar fórmula mágica. Mas veio lembrar que continuar, apesar de tudo, muda destinos.
E que feito, sim, é melhor que perfeito.
Pra começar: quem é você, Yasmin? (vale tudo: a concurseira, a mulher, a procuradora)
Eu diria: alguém que acredita em si mesma e nas suas potencialidades e não tem medo de se reinventar.
Uma mulher, que ciente das potencialidades, decidiu realizar sonhos, mesmo com limitações das mais diversas ordens e precisou passar muitas provações até achar o seu próprio caminho, para hoje viver o propósito que dá sentido a tudo.
Qual parte da trajetória mais te moldou como pessoa? (porque concurseiro não vira só servidor — vira sobrevivente emocional também)
São vários momentos, mas sem dúvida, a prova oral sete dias após meu parto cesáreo é algo que nunca vou esquecer. Naquele momento eu só pensava em quanto tinha batalhado para estar ali e quanto a aprovação iria representar na vida minha filha. Hoje olhando para trás vejo o quanto eu tirei forças, de onde nem sabia que tinha, para conseguir realizar aquele momento. Vai ficar marcado para sempre na minha vida e na dela.
Durante a preparação foram muitos perrengues, posso citar fase desempregada, um pedido demissão que tive fazer, pois estava custando minha saúde mental, mas acredito que uma fase BEM difícil foi quando tinha que estudar na madrugada. Acordar ali enquanto todos dormiam por algo que você não sabe: nem SE, nem QUANDO, nem COMO, e depois trabalhar o dia todo e viajar no fds para fazer prova (chegando domingo para trabalhar na segunda, as vezes chegava na madrugada) e repetir tudo isso, era bem difícil, mas me moldou muito. Diria que construiu a disciplina que eu trago até hoje na vida. Ali eu vi que, de fato, eu QUERIA muito! Minha vivência só reforçou algo que sempre acreditei: “feito é melhor que perfeito” e “só erra quem faz”.
Se pudesse mandar uma mensagem pra Yas do primeiro ano de estudos, o que diria? (a resposta que vale mais que edital publicado com poucas vagas).
Paciência, Yasmin! Tenha paciência rsrs. Para além disso, eu diria para confiar no processo, no estudo diário, nas micrometas e para exercitar a paciência da construção de uma base sólida de estudar, não mudar de material, ter mais foco quanto às áreas de provas que fazia, mesmo sabendo de todas as urgências da vida e que continuasse acreditando na sua força que tudo aconteceria na hora certa.
Como transformar momentos difíceis em combustível? (às vezes a gente sabe que pode ser derrubado, mas não significa que vai)
Saber que tem coisas que NÃO estão no nosso controle é essencial. Tão essencial quanto saber que você PRECISA agir e fazer o que está no seu controle, que a sua parte, NINGUÉM, vai fazer por você. Mas que no dia da posse tudo que você passou vai se tornar pequeno e se dissipar em segundos. Quando você estiver trabalhando e tendo segurança alimentar, habitacional e de saúde, para você e sua família, vai pensar: estudaria até mais.
Se tivesse que falar algo direto pra quem hoje tá na fase dos “quases” e pensa em desistir, o que diria? (um soco leve só pra dar um susto)
Prazer, a rainha dos quases rsrs (rindo com vontade de chorar). Mas falando sério, se você está quase lá: quase passando na objetiva, quase chegando na oral, quase colocando o nome na lista isso tem um significado: ESTÁ PERTO! Você construiria uma casa e deixaria ela sem telhado porque está cansado? Certamente não.
Então, ajuste a rota: veja o que te deixou no quase (corrija a prova e faça análise qualitativa dos erros) calce a sandália da humildade e volte a estudar o que não te permitiu avançar naquele concurso, apare as arestas, descanse de precisar e TENTE DE NOVO.É isso que separa o quase da aprovação.
Hoje você fala em dois milagres: sua filha e a aprovação. Olhando agora, qual é o maior desafio: ser mãe ou ser procuradora federal? (resposta com risco de dar briga em casa 😂)
Pergunta difícil, de novo rs. Maternidade, sem dúvida. Conciliar carreira, trabalho, relacionamento e ainda cuidar da mulher que existe além da mãe é complexo. A carreira exige, mas foi algo que sonhei e busquei. Já a maternidade não tem manual, não dá prazo em dobro e exige amor incondicional todos os dias. 😂
Agora que é procuradora, como é se enxergar nessa nova posição? (tipo quando o crachá finalmente bate com o sonho de anos)
É uma sensação difícil de descrever, mas eu diria que é um sentimento de realização pessoal. É como viver o final feliz de um filme em que você é a protagonista. Só que sem esquecer que junto vem responsabilidade, desgaste e muito trabalho. Posse não é um portal mágico que resolve tudo, mas é inegável: muda e melhora a vida.
Como você imagina a Yas e o mundo dos concursos daqui a dez anos? (tudo bem, não precisa revelar todos os planos)
Nem eu sei rsrsr. Mas falando sério, me enxergo como facilitadora da aprovação na vida das pessoas, como alguém que encontrou um sentido em fazer parte do propósito de alguém.
Fora do mundo jurídico e da maternidade, o que você curte fazer pra desligar a cabeça? (vale hobby improvável, mania estranha ou até série que você maratona escondida)
Existe esse tempo? rsrsrs Atualmente, não tenho muito tempo livre, quase tudo fica com trabalho e família, mas quando consigo: atividade física, estar com amigos, tomar um café superfaturado, cuidar de mim. Amo cinema (mas desde que minha filha nasceu não consegui voltar) e a última série que vi foi The Buccaneers. Gosto muito de histórias com pano de fundo histórico.
Se a concup tivesse existido na sua época de concurseira, como acha que ela teria ajudado? (pode ser sincera: nós sabemos das piadas ruins)
Teria me ajudado nos dias de dúvida: “será que isso é pra mim? Será que vou conseguir?”. Uma dose de motivação com humor muda tudo. Perceber que gente comum, com disciplina, alcança o que parece impossível é combustível puro.
Hoje, a Yasmin carrega um cargo — mas também carrega tudo o que construiu antes dele. E é isso que a ConcUP acredita: que a aprovação não te transforma. Ela só revela quem você já estava tentando ser, mesmo nos dias em que tudo travava.
Se você tá lendo isso e achando que não vai dar conta, talvez só esteja no meio da sua própria história. E como a Yas mostrou, o meio costuma ser a parte mais difícil — e a mais definitiva.
Você não precisa fazer tudo perfeito. Só precisa continuar. Porque uma hora, o crachá chega. E você vai saber que não foi sorte. Foi coragem com sono e disciplina com choro, e umas boas doses de cafeína.
LEIA SE VOCÊ FOR LOUCO
Plano brilhante, irresponsável e talvez necessário
Em 1519, Hernán Cortés chegou ao atual México com uns 600 homens, armamento limitado e uma ideia que hoje seria facilmente classificada como insanidade estratégica: queimar os próprios navios. Literalmente. Ele mandou afundar as embarcações. O que significava basicamente: “não tem volta, galera. Ou conquista, ou morre tentando.”
Agora, vamos esclarecer: dizimar povos originários? Errado. Colonização forçada? Crueldade histórica. Cortés? Um colonizador com delírios de grandeza. Mas… o gesto?
Ou isso é brutalmente simbólico, ou o editor é louco. E, dependendo da sua fase concurseira, isso também é perturbadoramente inspirador.
Porque tem concurseiro que estuda com a mochila pronta pra desistir. Que começa a ler o PDF já cogitando abrir uma doceria ou virar influencer de resumos. Que olha pro edital com medo, e pro plano B com carinho. E isso, meu caro, se chama auto-sabotagem gourmetizada.
Enquanto você estuda olhando por cima do ombro, tem gente queimando os navios. Gente que decidiu que vai passar ou passar. Sem glamour. Sem volta. Sem plano de emergência com vaga em pós-graduação ou refúgio emocional no “pelo menos tentei”.
Não estamos dizendo pra você incendiar sua vida. Ou um barco, se você tiver. Só pra considerar que talvez seja hora de parar de manter a saída acesa.
Quem quer passar, uma hora vai ter que decidir: vai ou não vai queimar o barquinho?🔥
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SUA OPINIÃO IMPORTA
Esperamos que você tenha gostado dessa edição. Estamos nos esforçando. Se você acha que algo deve ser corrigido, melhorado, tem alguma sugestão ou comentário para a nossa studyletter, responda esse e-mail. Não seja tímido.
SOBRE NÓS
Não sabemos se somos a primeira studyletter do brasil (ou se inventamos esse nome agora mesmo) – mas certeza que não somos só mais um pdf chato. Toda terça, quinta e sábado na sua caixa de entrada.
Aqui o direito vem com humor ácido, ironia, organização e aquele empurrãozinho que todo concurseiro precisa. Se estudar fosse uma série, a ConcUP seria aquele episódio que você não pula nem a abertura.

