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Quem disse que estudar ia ser fácil? 🎒
Respiro #010, ConcUP #043

Chegamos à décima edição do Respiro. Sim, são dez sábados trazendo reflexões, tapas na cara com carinho e aquele humor ácido que a gente usa pra disfarçar o leve desespero de estudar para concursos públicos em pleno 2025. Se você achou que a gente ia amadurecer na décima edição... achou errado. Continuamos com o mesmo compromisso de sempre: falar de estudo, procrastinação, culpa, superação e PDFs encalhados — tudo com uma dose generosa de sarcasmo e um objetivo muito claro: manter você respirando tranquilamente enquanto o edital não vem (ou enquanto ele vem, né, socorro).
HOJE
😵💫 Estudar é difícil mesmo
💡 Como “amenizar” a dificuldade
☕ Pausa pro café
📖 História pra finalizar a edição
🤳 Coisas que seriam legais se você fizesse
TÁ DIFÍCIL AÍ?
Por que estudar é tão difícil mesmo quando você quer muito passar?

(Imagem: GIPHY)
Vamos lá: você quer passar. Você quer muito passar. Talvez mais do que qualquer coisa na vida neste momento. Você já visualizou seu nome no Diário Oficial, já pensou no cargo, no salário, no alívio, nas pessoas que vão te parabenizar, até na roupa que vai usar no primeiro dia de posse. E ainda assim… estudar é difícil pra caramba.
Mas por quê?
É aí que entra a parte que ninguém te conta no cursinho: querer passar não anula a dificuldade de estudar. Não existe botão de “super comprometimento automático”. E não, você não é preguiçoso (talvez um pouquinho), nem fraco, nem burro por estar cansado, disperso ou atrasado no cronograma. Você é só um ser humano tentando sobreviver ao combo: pressão + rotina + expectativa + texto de Direito Administrativo com 6 páginas de doutrina e zero parágrafos empolgantes.
Estudar é difícil mesmo quando você tem motivação. Porque motivação, por si só, é volátil. Ela aparece com um post bonito no Instagram, uma frase do tipo “foco, força e fé”, ou quando você recebe uma notificação de que saiu um edital principalmente, né?. Mas no dia seguinte, ela evapora. O que sobra? A sua rotina. O seu hábito. E é aí que a coisa pega.
Estudar exige uma energia mental absurda. Seu cérebro está sendo forçado a se concentrar, memorizar, interpretar, relacionar e aplicar conhecimento de forma ativa, por horas, todos os dias. E tudo isso sem recompensa imediata. Não tem salário no fim do dia, nem feedback instantâneo. Só um acerto aqui, um erro ali, e um grande ponto de interrogação chamado “será que vai dar certo?”.
Além disso, o concurseiro moderno enfrenta uma guerra invisível: a batalha contra distrações e cobranças. É WhatsApp, Instagram, família perguntando se “vai sair aquele concurso”, colegas que já passaram, editais saindo com prazos curtos, cursos com cronogramas que parecem escritos por robôs sem sono. E, em meio a isso tudo, você tentando decorar as características dos contratos administrativos como se não tivesse o furdunço inteiro ao redor.
Outra questão é a cobrança emocional. Estudar mexe com autoestima. Quando você não rende o que gostaria, sente que está fracassando. Quando erra questões, sente que está regredindo. E aí entra em cena um combo nada glamouroso de culpa, dúvida e comparação. Você pensa: “mas fulano estuda o dobro”, “ciclano passou em seis meses”, “eu devia estar melhor”.
Esse tipo de comparação só piora a experiência. Você se frustra, se sente inadequado e acaba desenvolvendo uma relação tóxica com os estudos. O estudo, que deveria ser um caminho pra sua conquista, vira um castigo. E quando a mente associa algo à punição, ela vai sabotar sempre que possível. Resultado? Celular na mão, página parada, e um desconforto crescente de não estar fazendo o suficiente.
E tem mais: muitas vezes a gente quer passar, mas no fundo carrega medos que travam. Medo de não conseguir. Medo de se esforçar e não dar certo. Medo de passar e não ser capaz. Esses medos ficam ali, sussurrando no fundo da mente: “será que vale a pena?”, “e se eu não aguentar?”, “e se todo mundo perceber que eu não sou bom o bastante?”.
Estudar é, no fim, um processo de enfrentar a si mesmo todos os dias. Não é só sobre saber o conteúdo, é sobre aprender a lidar com o próprio cansaço, com a própria ansiedade, com os próprios fantasmas. É sobre encontrar forças quando o dia está uma porcaria, sobre continuar mesmo sem vontade, e sobre aceitar que você vai falhar, sim, mas também vai aprender, melhorar e seguir em frente.
Então, se você tá aí se perguntando por que estudar está tão difícil, mesmo você querendo tanto passar, a resposta é: porque estudar é difícil mesmo. Mas é possível.
Você não precisa ser uma máquina. Precisa ser constante dentro da sua realidade. Precisa parar de se punir por cada falha e começar a comemorar cada tentativa.
Porque no final, quem passa não é o que teve a rotina perfeita. É o que aprendeu a levantar todas as vezes que caiu. E, spoiler: se você tá lendo isso agora, é porque você ainda tá de pé. Mesmo cansado. Mesmo com sono. Mesmo com dúvidas.
E isso já é muito. 👊
DICAS PRÁTICAS
Desestressando sem largar tudo

(Imagem: GIPHY)
Estudar é difícil, sim. Mas viver em modo constante de exaustão e cobrança também é. Então, se a ideia é sobreviver à jornada até a posse com sanidade, aqui vão algumas formas de desestressar sem jogar tudo pro alto e ir plantar batata em outra cidade:
Crie pequenas rotinas de pausa 🧘♀️
Pausa programada não é preguiça, é estratégia. Cinco minutos pra respirar, levantar, se alongar ou até dançar uma música aleatória já ajudam o cérebro a resetar.
Tenha um momento por dia só seu ☕📖
Pode ser um banho mais longo, uma leitura leve, uma xícara de café observando o nada… qualquer coisa que não envolva concursos. O cérebro agradece e a ansiedade diminui.
Permita-se um “estudo leve” nos dias ruins 🛋️
Nem todo dia vai render igual. Em vez de abandonar tudo, troque as leituras densas por uma revisão de marcações ou videoaulas mais tranquilas. O importante é manter o vínculo com a rotina.
Ria (mesmo que por obrigação) 😂
Assista um vídeo besta, leia um meme de concurseiro, mande áudio reclamando da vida pra aquele amigo que entende. O bom humor não anula o foco, só torna a jornada mais suportável.
Celebre qualquer avanço, por menor que seja 🎉
Resolveu 10 questões? Estudou meia horinha com qualidade? Fez sua revisão mesmo cansado? Celebra. Acende uma vela imaginária e agradece a si mesmo. A autoeficácia nasce dessas pequenas vitórias.
Lembrando que descanso também é estratégia. E se a mente tá pedindo trégua… maluco, às vezes o melhor que você pode fazer pelo seu estudo é parar um pouco, respirar e depois voltar com mais força. Nada mais estratégico do que saber a hora de recuar pra poder avançar melhor. 😉
☕ O dia em que o PDF virou um inimigo público
Tem dias que o concurseiro abre o PDF, encara a primeira linha — algo como “fungibilidade recursal e sua aplicação subsidiária na dinâmica processual contemporânea” — e sente o cérebro ameaçar sair pela orelha. A intenção era estudar, mas de repente a faxina parece irresistível, a pia implora por atenção e até o varal ganha prioridade. Quando percebe, a pessoa reorganizou a gaveta de talheres, aprendeu duas receitas no Reels e o estudo continuou na fase da negação.
O editor garante: isso é mais comum do que parece. Às vezes, o cérebro simplesmente bate em retirada. E tudo bem — desde que ele volte no dia seguinte. Porque se a gente fosse esperar estudar só nos dias perfeitos, o edital ia vencer por WO. Então sim, pausa concedida. Mas com hora pra voltar. E de preferência, com café. ☕
HISTORINHA
Era uma vez…

(Imagem: GIPHY)
Era uma vez um concurseiro que decidiu, numa segunda-feira iluminada, que agora ia. Motivado por um vídeo motivacional com trilha de piano e voz rouca dizendo "ninguém vai fazer por você", ele levantou, organizou o quarto, imprimiu o cronograma e separou as canetas coloridas com uma seriedade que assustaria até um engenheiro da NASA.
As primeiras horas foram de pura glória. Leu três leis, assistiu uma aula de Constitucional e ainda teve a audácia de resolver um bloco de questões comentadas. No fim do dia, postou nos stories: "Segunda vencida. Rumo à aprovação. #foco #gratidão #concurseiroraiz".
Na terça-feira, o clima já mudou um pouco. Acordou com sono, mas lembrou da promessa: "sem desculpas". O problema foi que, ao abrir o PDF de Direito Tributário, sentiu um leve descolamento de alma. As palavras simplesmente se recusavam a formar frases com sentido. Leu o mesmo parágrafo cinco vezes. Quando percebeu, estava pesquisando quanto ganha um criador de suculentas no interior de Minas Gerais.
Na quarta, o cronograma já era um enfeite na parede. Resolveu fazer uma pausa estratégica (de três horas), depois compensar com uma revisão leve (de três minutos). Justo nesse dia, recebeu uma mensagem de um colega: "saiu edital do concurso X". Bateu o desespero. Abriu o edital, viu que era pra outra área e respirou aliviado. Mas o estrago já estava feito: a ansiedade resolveu montar acampamento.
Na quinta, não teve estudo. Teve existencialismo, reflexão sobre escolhas de vida e a frase clássica: "será que isso é pra mim mesmo?". Já na sexta, voltou com timidez, fez algumas questões, leu um artigo. Mas já não postou nada. Estava na fase silenciosa do ciclo.
O editor jura que não está descrevendo você, mas se sentiu atingido, fica tranquilo: todo mundo já viveu essa saga. A moral da história é simples: querer muito passar é só o começo. O resto é uma mistura de altos, baixos, recaídas, retomadas e a capacidade de rir do próprio caos.
Porque quem sobrevive a uma semana de estudo motivado — seguida de surtos moderados e uma boa dose de memes sobre Direito Administrativo — já está pronto pra encarar qualquer banca examinadora.
“Me ajuda aí, pô!” (voz do Datena)
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